Na última terça-feira (18) o Diálogo Setorial trouxe um debate essencial. A Ferrovia Tereza Cristina organizou uma palestra para conversar com os colaboradores sobre o tema “Os impactos financeiros e sociais de jogos como Tigrinho, Bet e outros similares”, ministrada pela psicóloga Priscila Schwinden.
O "Fortune Tiger", mais conhecido como "Jogo do Tigrinho", tornou-se um dos jogos de azar mais populares no Brasil nos últimos anos. Se antes o vício em apostas era associado a cassinos e loterias, hoje ele se expandiu para o meio digital, tornando-se ainda mais acessível e aumentando os riscos para os jogadores.
De acordo com pesquisas, em 2024, brasileiros realizaram aproximadamente 6,68 bilhões de visitas a sites e aplicativos de apostas, o que equivale a cerca de 210 acessos por segundo ao longo do ano. Entre essas plataformas, a Bet7k se destacou, acumulando mais de 10,4% do total de visitas.
“A minha orientação para quem ainda não experimentou o jogo, mas sente vontade de jogar, é: não jogue, não corra o risco de experimentar. O vício em jogos de azar está na mesma categoria da dependência química, por exemplo. E para quem já sofre com essa compulsão, recomendo procurar ajuda profissional imediatamente. No Brasil, há um grupo de apoio chamado Jogadores Anônimos, que pode oferecer suporte”, aconselha a psicóloga Priscila Schwinden.
Há inúmeros relatos de pessoas que perderam grandes quantias de dinheiro, por exemplo, resultando em graves consequências financeiras, pessoais e profissionais. O jogo afeta diretamente a química do cérebro, levando os indivíduos a tomarem decisões impulsivas e arriscadas. Por isso, é fundamental que haja ciência dos riscos envolvidos e, se necessário, a busca por apoio profissional.
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